terça-feira, dezembro 25


Passo cada segundo do meu dia me jurando ser indiferente com você.

Você fala comigo, eu cumpro a promessa. Você não entende, pergunta se eu tô chateada e o que aconteceu. Não foi nada. Só tô cansada de você, de nós, de tudo isso. Tô de partida, malas feitas, mesmo você não acreditando. Pra não me cansar mais ainda, paro no ‘Não foi nada’. E você sai, irritado e com um “tchau” que eu odeio mais que tudo. Mas já não importa, tchau pra você também. Afinal, nada pode ser mais difícil do que ficar na situação que eu tô a tanto tempo. Ser indiferente vai ser fácil. Dor é normal, se não for forte, eu já nem sinto mais. Sempre te tratei melhor que todos os outros, e o que você faz que te torna melhor que eles? Seguindo essa lógica, teria o direito de te tratar até mal. Mas não sou assim, uma pena. Acontece que agora eu não dou mais o meu melhor pra quem me dá pouco. Não corro atrás de quem não dá um passo por mim. Não faço festa quando alguém que sabe que eu tô louca de saudades e não move um dedo pra me ver, vem numa droga de chat e fala “E aí”. Te acostumei muito mal, mas agora vou desacostumar. Porque meu medo de te perder, virou meu objetivo, então nada me prende. E se ir te matando aos poucos levar um pedaço de mim, que leve. Porque a dor de você na minha vida me afeta inteira e eu não aguento mais.
 
Tati Bernardi.

terça-feira, dezembro 11


Yubikiri (Promessa do dedo mindinho)

Eu não posso voltar ao tempo que eu passei a sós com você, mas eu ainda posso recordar aqueles sorrisos espontâneos e as coisas que você fazia que eu amava.
Você me ensinou algo importante, em todos os momentos que estávamos juntos, eu aprendi a desejar a felicidade de outra pessoa.
Eu não acreditava que existia algo como a eternidade, mas eu certamente a senti quando fizemos aquela promessa do dedo mindinho.
Nós nunca vamos ver um ao outro de novo, mas você sempre estará no meu coração.
Por que eu soltei a sua mão depois de tê-la segurado tão fortemente?
Pensar nessas coisas não vai me levar a lugar algum, mas é certo fazer isso de vez em quando.
Se eu apagar tudo, até mesmo o ato de termos nos conhecido, esta solidão irá embora também
Mas apesar disso tudo, eu posso dizer que estou feliz por termos nos encontrado.
Naquela noite fizemos uma promessa do dedo mindinho, que mesmo quando algo triste acontecesse, nós não esqueceríamos nossos sorrisos.
Há vezes nas quais eu penso em desistir, mas tenho certeza de que serei capaz de sorrir amanhã
A lua aparece no céu do pôr-do-sol, ela desfoca quando eu penso em você, mas eu posso sorrir agora.
Nós nunca vamos ver um ao outro de novo, mas você sempre estará no meu coração.
Eu não esquecerei o seu sorriso.

sábado, dezembro 1

Hoje eu precisei escrever.

Precisei porque deu saudades. E pra não falar sozinha. Escrevi porque queria dizer que senti (de novo!) saudades. Pensei em não escrever, com medo de parecer idiota. Mas idiota eu sempre sou, então.
Eu alimentei a saudade, talvez porque fosse mais confortável do que encarar a realidade. Olhar suas fotos era satisfatório até certo ponto. Até o ponto que eu tinha que reconhecer que você era mais feliz sem mim. Hoje eu não quis dizer nem mesmo pro meu coração o quanto eu senti sua falta. Meu quarto tá mais vazio agora, do mesmo jeito do meu coração. O difícil mesmo é não ter o que dizer com relação à isso. O meu tempo já passou e agora não tem mais jeito. Não acredito mais no destino, porque ele já me zerou faz tempo. Agora eu acredito em mim (omg!). E é aí que está o problema.

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou.

Quando penso em alguém, só penso em você, e aí então estamos bem. Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está. Nem desistir nem tentar, agora tanto faz. Estamos indo de volta pra casa.
Cássia Eller

Se lembra

quando a gente chegou um dia a creditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre sempre acaba.
Cássia Eller