domingo, abril 10

Eu ainda vou falar um pouco mais de mim...

Lembra aquele dia quando você segurou na minha mão, olhou nos meus olhos e disse: quem é você? Lembra que eu sorri e disse: eu sou a menina que você nunca vai esquecer? E a gente riu. Mas eu esqueci de te dizer naquele dia que quando eu me sento, não cruzo as pernas. Deixo os pés um ao lado do outro.
Ás vezes, com o dedão tamborilo um música que está na minha cabeça. Ou viro os pés pra dentro e fico sentada igual ao Forrest Gump, foi o que o meu amigo me disse.
Se ligo a tv, nunca acho coisas interessantes pra assistir e fico o tempo todo mudando de canal. Acho que é porque eu ainda não admiti que não gosto de tv. Ou gosto de ficar tentando assistir tudo ao mesmo tempo e ao mesmo tempo não assistir nada.
O rádio, não. Fica sempre na mesma estacão. Mas ouço, torcendo pra que algumas músicas não toquem... Algumas me fazem lembrar do quanto tempo demora pra esquecer alguém que parte o seu coração? Acho que no fim, a gente nunca esquece completamente. No fim, não tem fim. Depois de um coração partido a gente nunca mais fica completo. Fica partido, né?! A gente junta os pedaços, está certo! Mas se precisou juntar é porque partiu, né?! Não fica mais igual. E aí, a gente fica lutando pra esquecer alguém que roubou o meu eu original. Eu não estou mais igual.
E então, as pessoas que falam meu nome errado me irritam. Assim, como as que me oferecem chá já sabendo de antemão que eu não bebo. Nem chá. Nem cerveja. Nem um vinhozinho. Só água, muita água, sucos e refrigerantes. E todos só com um canudo. Se bem que água com canudo não mata a sede. Pelo menos, não a minha.
Fico impaciente com gente falsa e fútil. Tem gente que pensa que ser fútil é ser legal. Sei lá, essa parte eu não sei explicar. A verdade, é que tem um monte de coisas que eu não sei explicar. Principalmente a saudade e essa dor dilacerante que a gente sente ao ouvir o amor dizer: "vou embora. Não quero mais." Eu também não sei explicar um amor que vai embora e gente que não gosta de chuva...
E agora, estou vendo mais um ano ir embora. E esse que está para nascer, e já fiquei sabendo pela mãe que vai ser um ano lindo, eu já decidi: vou plantar um girassol na minha janela e um amor novo no meu coração. Um amor desses que não vai embora, sabe? Desses amores... ah, um amor assim, eterno!
E assim, os dias feios e tristes de 2010 vou colocar naquele baú que a gente guarda num canto qualquer do porão e nunca lembra de ir lá mexer porque sabe que lá dentro tem coisas tristes e coisas tristes não importam...
Eu sonho mesmo. E com o nascimento de um arco íris dentro de mim, pra que quando eu chorar, ele saia colorindo tudo pra deixar lindo como um girassol. E então, você vai entender como eu sou e vai deixar minhas alegrias, colorir você também.
Então, plante um girassol também. E aí quando chover nele, você vai sempre lembrar de mim... como a chuva, como girassol, como você sabe que eu sou...

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